Virou ídolo dos dois maiores rivais paulistas, Palmeiras e Corinthians. Hoje em dia ele já é considerado um dos maiores treinadores de futebol do Brasil em todos os tempos. Ele foi técnico do Palmeiras nos anos de 1945; 1947 e 1948; 1958 a 1960; 1971 a 1975; e 1980. Conhecido por seu estilo austero e exigente, profissional ao extremo, escreveu sua história na galeria dos mitos do futebol brasileiro.
Não era necessariamente um estrategista, mas sabia motivar os jogadores e extrair deles qualidades fundamentais. Com isso ganhou grandes títulos, como o bicampeonato brasileiro com o Palmeiras em 1972 e 1973 (foi o principal técnico da chamada "Segunda Academia" do Alviverde, comandando o time de Ademir da Guia, Leivinha, Dudu & cia.) e o histórico Campeonato Paulista de 1977 com o Corinthians, encerrando um jejum de 22 anos sem títulos do alvinegro do Parque São Jorge, ciclo iniciado pelo título do Campeonato Paulista de 1954, também ganho por ele.
Também fez sucesso no São Paulo, onde ganhou o título paulista de 1971, sendo com isso o único técnico a ganhar o campeonato regional por todos os integrantes do chamado "trio de ferro".
Comandou a Seleção Brasileira pela primeira vez na década de 1950, dirigindo-a no conturbado Campeonato Sul-Americano de 1957. Levou com novidade Garrincha e reconvocou o veterano Zizinho, marcado pela derrota de 1950. Em meados dos anos 70, teve uma nova passagem pela Seleção Brasileira, mas de novo não obteve o êxito esperado. Não suportou as críticas principalmente da imprensa carioca, depois que convocou o lateral Wladimir do Corinthians e colocou-o como titular num jogo em que o Brasil empatou por 0 a 0 com a Colômbia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1978. Foi sucedido por Cláudio Coutinho, então técnico do Flamengo, depois de um mal-explicado pedido de demissão, em 1977. Brandão havia convocado pela primeira vez jogadores como Toninho Cerezo e Falcão, que não seriam devidamente aproveitados por Coutinho.
Teve um passagem pelo Peñarol, do Uruguai, entre 1969 e 1970, quando ficou marcado por um caso de doping que ficou mal explicado e Brandão disse que foi arquitetado para derrubá-lo.[1]
Brandão fazia o estilo "paizão" com seus comandados, gostando de controlar e aconselhar em alguns aspectos de suas vidas particulares. Diz a lenda que já chegou a bater de cinta em alguns jogadores que não obedeciam a suas regras. No Palmeiras teve atritos com o rebelde César Maluco, que em contrapartida contava que Brandão gostava em demasia de um whisky. Em uma de suas últimas atividades, foi comentarista da TV Record, fazendo parte da equipe composta por Silvio Luiz e Flávio Prado. Morreu em São Paulo, em 1989, três anos depois de encerrar a carreira.
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